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Uma causa comum une os maiores grupos de comunicação do país

O enfrentamento democrático a um governo que insiste em atacar, ofender e desqualificar a imprensa

Data: 27/05/2020 - Por: Da Redação


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Uma causa comum une os maiores grupos de comunicação do país: o enfrentamento democrático a um governo que insiste em atacar, ofender e desqualificar a imprensa. A partir de hoje, por absoluta falta de segurança, o circo armado em frente ao Palácio da Alvorada não tem mais a cobertura de profissionais do Grupo Globo (TV Globo, Globo News, jornais O Globo e Valor Econômico e o portal G1), a Folha de S. Paulo, o portal UOL, o grupo Bandeirantes e o portal Metrópoles de Brasília. Repórteres do Estado de S. Paulo também não estão comparecendo ao local. Um grupo de peso da grande imprensa, líderes em audiência, circulação e acessos digitais, que certamente não representa nenhum ideal comunista ou petista. Pelo contrário, são capitalistas assumidos, neo-liberais e alinhados com posições conservadoras. Quem é jornalista sabe quem são estes grupos, com suas virtudes e defeitos, mas neste caso eles estão certíssimos. O público não terá qualquer perda, até porque o presidente nunca dá entrevistas, não gosta de responder a questionamentos, nunca participou de debates e odeia o contraditório. Com quase 40 anos de jornalismo, nunca imaginei que veria um chefe de Estado atacando sistematicamente profissionais e veículos de imprensa. Um pseudo-presidente, totalmente desqualificado para o cargo, que ousa mandar jornalistas calarem a boca, num grau de incivilidade, desrespeito e autoritarismo sem precedentes na história da Nação. E o que é pior: além de ofender e tentar cercear o livre exercício da nossa profissão, ainda incentiva abertamente que seus apoiadores façam o mesmo. As intimidações, ameaças e até agressões físicas contra jornalistas por parte de apoiadores de Bolsonaro ocorrem com frequência cada vez maior. A Fenaj registrou 208 ataques verbais a jornalistas e veículos de comunicação em 2019. Bolsonaro foi responsável por quase 60% deles, uma média de um ataque a cada 3 dias. E neste ano as estatísticas só crescem. Ao potencializar a agressividade contra jornalistas, ele não só coloca em risco a integridade física dos profissionais, como afronta o Estado de Direito, a liberdade de expressão e de imprensa.

 

 

Assim como a disseminação de notícias falsas nas redes sociais por seus robôs, as agressões físicas e verbais a profissionais de imprensa exigem reações institucionais. Para tudo isso tem lei e o repúdio não basta. Os agressores são identificáveis e devem responder perante a Lei, bem como os agressores de profissionais da saúde ou quem defende a ditadura ou o fechamento do Congresso e do STF. A suspensão da cobertura no Alvorada era uma medida esperada e sinaliza que a imprensa não vai se submeter ao ditador.

 

 

O noticiário sobre a pandemia, por exemplo, continuará defendendo a adoção das medidas preventivas usadas no mundo todo, para desespero do genocida oficial. Da mesma forma a imprensa continuará investigando a corrupção que envolve os filhos do nefasto, a rachadinha, Queiroz, o assassinato de Marielle, os fake news, as milícias, os acordos espúrios com o Centrão e tudo de podre que cerca o nefasto mandatário. A missão do jornalista será cumprida, custe o que custar, apurando os fatos, checando informações, ouvindo o contraditório e publicando tudo o que for relevante.

 

 

Isso não vai mudar. O "cercadinho" agora é palco apenas do indigno ocupante do Alvorada e do seu séquito ridículo, os ignorantes que formam aquela claque patética, agressiva e reacionária.










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