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No Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado em 21 de março, o deputado Eduardo Botelho, presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso – ALMT, anunciou uma emenda para a aquisição de um veículo destinado ao transporte de alunos da rede pública até a Equoterapia Rancho Dourado, localizada em Cuiabá. Neste centro, 180 alunos recebem toda a assistência necessária para seu desenvolvimento psíquico e motor.
Botelho visitou o Rancho Dourado nesta quinta-feira (21), onde pôde acompanhar de perto o trabalho de equoterapia, realizado de acordo com as necessidades de cada praticante.
“Há 28 anos iniciamos esse trabalho, auxiliando pessoas com diversas condições, incluindo síndrome de Down, TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade), paralisia cerebral, autismo, depressão, AVC (Acidente Vascular Cerebral), Alzheimer, entre outras. O Instituto Rancho Dourado foi fundado em 2000 e temos capacidade para expandir o atendimento para até mil praticantes. Mas, para isso, precisamos do apoio do poder público. Estamos felizes com a sensibilidade do deputado Botelho, que nos assegurou o suporte para o transporte dos praticantes”, comemorou Ana Julieta Pompeu de Barros, fundadora da Equoterapia Rancho Dourado.
Atualmente, 180 praticantes, provenientes de famílias menos favorecidas, recebem assistência por meio de convênios com a Secretaria Estadual de Educação – Seduc/MT e Senar Mato Grosso. Os critérios incluem estar matriculado na rede pública e ter indicação médica. A equipe é composta por 12 profissionais, incluindo fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos, educadores físicos, terapeutas ocupacionais, pedagogos e equitadores. Cada sessão dura 30 minutos, realizadas nos turnos matutino e vespertino.
Ana Julieta ressaltou que as limitações financeiras dificultam a ampliação das vagas, mesmo diante da grande demanda. Pelo menos 400 pessoas estão na lista de espera. “Recebemos pedidos diários de diversas instituições, como abrigos para idosos e APAE [Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais]. A equoterapia não tem idade”, acrescentou Ana Julieta, que pretende lançar o projeto com o nome de Sonho Dourado, Gratidão em Servir!
“Comprometi-me a trabalhar em uma emenda para adquirir um veículo, que possa transportar mais crianças, ampliando assim os atendimentos para alcançar mais pessoas. É um trabalho de amor, de carinho, especialmente pelo esforço feito para que as crianças melhorem”, destacou Botelho.
Luiz Fernando Gonçalves da Silva, coordenador do Instituto Rancho Dourado, reforçou a necessidade do apoio para expandir o projeto.

“Atualmente, nosso projeto enfrenta uma demanda reprimida para atender várias instituições, totalizando mais de 300 crianças na lista de espera. Qual é a maior dificuldade? Existem convênios que não abarcam esse tipo de praticante. Portanto, precisamos de recursos e de transporte, mas a grande maioria das famílias não tem condições de arcar com esses custos”, explicou o coordenador.
Maria Eliza Arruda, fisioterapeuta, destacou que além do desenvolvimento de cada praticante, a equoterapia traz benefícios para todos os envolvidos.
“É maravilhoso porque nós viemos tratar e sermos tratados. Trabalhamos de forma lúdica, com uma equipe completa para esse atendimento. A cada chegada do ônibus, atendemos de 25 a 30 crianças por período. A equoterapia melhora o comportamento, as atividades, a interação social, o trabalho em equipe e em grupo. Além disso, eles ficam encantados. Nós trabalhamos em um ambiente maravilhoso. Pintamos os cavalos, e os alunos dão banho neles ao finalizar o atendimento”.