Os municípios de Sinop, Sorriso e Lucas do Rio Verde estão incluídos na agenda de reuniões organizadas pelo Instituto Brasileiro do Feijão, Pulses e Colheitas Especiais (Ibrafe), durante o evento denominado Pulse Day, que concentra debates nos principais polos de produção de feijão. A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) oferece suporte ao evento, cujo foco será "A força produtiva do Estado gera oportunidades para o crescimento de novas culturas".

A primeira reunião ocorrerá em Sinop no dia 14 de novembro, seguida por Sorriso em 16 de novembro e Lucas do Rio Verde em 17 de novembro. As próximas etapas do evento estão programadas para 27 de novembro, com produtores de Xanxerê (SC), e 4 de dezembro, em Pato Branco (PR), em parceria com o Instituto Agronômico de Campinas (IAC).

Além dos produtores, o Pulse Day se configurará como um seminário envolvendo agrônomos, pesquisadores e representantes governamentais, fornecendo informações estratégicas para o setor. A inscrição é gratuita e pode ser realizada no site https://pulseday.com.br/, com vagas limitadas.

O presidente do Ibrafe, Marcelo Eduardo Lüders, antecipa que diversos tópicos serão abordados, incluindo a possibilidade de aumento do plantio de arroz, tornando-se uma opção mais atrativa para gerar palhada ao feijão, bem como alternativas de segunda safra, como o gergelim.

Mato Grosso, de acordo com projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), prevê uma redução de 1,6% na área plantada de feijão na safra 2023/2024, passando de 154,3 mil hectares para 151,9 mil hectares. A produção também deverá diminuir em 10,3%, atingindo 275,5 mil toneladas. No Brasil, a área plantada de feijão carioca está projetada como a menor de todos os tempos, estimada em 342 mil hectares.

O secretário adjunto de Agronegócios e Investimentos, Anderson Lombardi, destaca que, por meio de incentivos fiscais, Mato Grosso tem investido em grãos especiais, como o gergelim, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (Proder), além de feijões, pulses, chia, quinoa e amendoim. A iniciativa busca diversificar a produção, seguindo o exemplo bem-sucedido da indústria do algodão nas décadas passadas.