Indicado pela Conmebol para integrar o Conselho da FIFA, com aprovação unânime na manhã desta sexta-feira (3), no Rio de Janeiro, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, ressaltou os desafios existentes para fortalecer o futebol global. Destacou, especialmente, o compromisso do esporte com a inclusão e a luta contra o racismo.

Ednaldo Rodrigues, o primeiro presidente negro e nordestino em mais de 100 anos de história da CBF, convocou as federações associadas à FIFA a se unirem na batalha contra o racismo. Enfatizou a importância de gestões transparentes e comprometidas com a integridade no futebol.

"Enfrentamos diversos desafios. Vamos trabalhar incansavelmente para fortalecer o futebol em nosso continente, no Brasil e no mundo. No Conselho da FIFA, pretendo reforçar as bandeiras que defendo como presidente da CBF, especialmente no que se refere a todo tipo de discriminação e, sobretudo, a racial. Além disso, a transparência deve ser prioridade. O futebol precisa ser limpo, sem dirigentes corruptos e sem representantes de corruptos atuando no meio do futebol", afirmou Ednaldo, abordando as questões de discriminação.

"São essenciais a exclusão total do racismo do esporte, especialmente do futebol. A FIFA conta com 211 federações filiadas, e cada uma delas deve se comprometer a evitar tais discriminações nos estádios, dentro e fora deles. O racismo tira a alegria do futebol", destacou.

Em relação ao tema, Ednaldo Rodrigues salientou que a CBF foi a primeira entidade de futebol a estabelecer sanções para comportamentos racistas nos estádios.

"São necessárias punições desportivas rigorosas para aqueles que ainda pensam em discriminar, devem ser banidos dos estádios. Os clubes precisam instruir seus torcedores de que tais atitudes são criminosas. Nesse sentido, a CBF foi pioneira. Foi a primeira federação no mundo a tomar essa medida, e trabalharemos para que as demais sigam esse caminho."

Ednaldo enfatizou a importância do futebol feminino e o esforço da CBF para trazer a Copa do Mundo Feminina de 2027 para o Brasil.

"Contamos com uma infraestrutura já testada e aprovada, a herança da Copa do Mundo Masculina de 2014, com diversas arenas em excelentes condições. O futebol feminino cresce por todo o Brasil, com um aumento significativo do público nos estádios, chegando a mais de 50 mil pessoas em alguns jogos do Brasileirão Feminino. Vemos as federações promovendo competições, assim como a CBF. Portanto, acredito cada vez mais na Copa do Mundo de 2027 no Brasil", afirmou.

"Apresentei diretamente ao presidente Gianni Infantino o pedido. Ele demonstrou esforço e liderança ao definir antecipadamente as Copas do Mundo de 2030 e 2034. Então, por que a de 2027 necessita de votação? Acredito que deve haver a mesma articulação e liderança para garantir que a Copa do Mundo Feminina de 2027 seja no Brasil", concluiu Ednaldo.