No dia 27 de julho deste ano, o governo de Mato Grosso sancionou a Lei n° 12.204, que estabelece o Dia da Cavalgada, a ser comemorado em 1º de outubro. A iniciativa é de autoria do deputado Eduardo Botelho (União Brasil) e tem como objetivo fortalecer a cadeia de criadores de equinos e muares. Nesse contexto, em 1º de outubro, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso entregará uma cópia emoldurada da lei à Associação de Comitivas das Cavalgadas.
O deputado parlamentou sobre a importância desta data: "Essa data é importante para o estado e trata-se de um projeto de lei de nossa autoria que se tornou lei, com o intuito de incentivar e dar mais apoio a esse pessoal adepto da cavalgada, que faz parte da cultura mato-grossense".
Eduardo Botelho explicou que a cavalgada já faz parte das atividades de quase todos os municípios de Mato Grosso: "É um evento enraizado na sociedade do estado, onde a população aprecia essas celebrações, que percorrem locais históricos e cênicos. Foi com base nisso que criamos o Dia Estadual da Cavalgada. Muitos municípios têm cavalgadas em suas programações de eventos, e agora o estado também tem uma data comemorativa".
A cavalgada é uma manifestação cultural na forma de um passeio realizado por grupos de cavaleiros e amazonas, envolvendo crianças, jovens e idosos. Pode ter motivações religiosas, cívicas, recreativas, esportivas ou uma combinação destas.
Este costume é praticado por pessoas em todo o Brasil, assim como em vários municípios de Mato Grosso, que mantêm viva a tradição e a cultura.
A nova lei estabelece o Dia da Cavalgada em 1º de outubro, que será parte do Calendário Oficial de Eventos do Estado de Mato Grosso. Também estão previstos concursos e prêmios para eleger a melhor comitiva, o melhor cavaleiro, a originalidade e as provas. Associações de criadores de cavalos de diversas raças poderão colaborar como parte da comissão julgadora, indicando representantes.
“O dia 1° de outubro, escolhido para comemorar o Dia da Cavalgada no Estado de Mato Grosso, coincide com a data de fundação da primeira Associação das Comitivas de Cavalgadas no estado”, explicou Botelho.
Vale a pena mencionar que as cavalgadas no Brasil tiveram início durante o processo de ocupação territorial nos séculos 17 e 18. Tropeiros conduziam o gado bovino e/ou equino de uma fazenda para outra, acampando para descansar, agradecer e buscar proteção divina. “Sempre foi uma profissão árdua, mas fazia parte da vida de muitos brasileiros rurais da época”, lembrou o deputado.
Atualmente, essa prática é considerada uma mistura de religião, esporte, aventura e, principalmente, um patrimônio histórico-cultural, carregado com orgulho pelos praticantes, promovendo fé e amizade.
“Além disso, as cavalgadas pelo país desempenham um papel importante no comércio das localidades onde são realizadas, gerando emprego e renda para as famílias envolvidas”, destacou Botelho.
Hoje, as comitivas são compostas por pessoas montadas a cavalo, burros, jumentos e bois, acompanhadas por pessoas conduzindo veículos motorizados, reunindo todos ao final para homenagear divindades e celebrar em grandes festas com música.
“A cavalgada é uma maneira de reunir pecuaristas, comerciantes e entusiastas do movimento, bem como crianças e adolescentes, para momentos de lazer e interação entre gerações”, concluiu Botelho.
Os tipos mais comuns de cavalgada incluem:
Cavalgadas progressivas: envolvem o deslocamento de um ponto a outro. Cavalgadas de campo fixo: os participantes retornam à base após o passeio. Cavalgadas de expedição: frequentemente incluem acampamento. Cavalgadas de passeio: opções de curta duração, ideais para grupos. Cavalgadas de desfile: com um grande número de participantes cavalgando em desfile. A maior cavalgada registrada no Brasil ocorreu em Brusque (SC). Em um ambiente de fé e tradição, famílias inteiras participaram com suas carroças e charretes. O evento, realizado em 2019, reuniu 8.125 cavaleiros de 388 cidades.