Presidente da Assembleia Legislativa (AL), Eduardo Botelho (União), apelou ao governo Federal para que a população mais humilde tenha prioridade na gestão. Em evento no Teatro Zulmira Canavarros, com a presença da Secretária Nacional de Planejamento do Ministério do Planejamento e Orçamento, Leany Lemos, o parlamentar destacou que há anos não se inaugura empreendimento de casas populares no estado e também citou que a agricultura familiar “está morta”.
Político criticou a política de atendimento e serviços do Banco do Brasil, que, segundo ele, “atua como banco privado” dominado pelos ricos.
“Temos geração de emprego, temos o agro, mas temos uma deficiência muito grande em casas populares há muitos anos. Há mais de 5 anos nenhuma casa popular é construída no estado”, argumentou.
Em março, o presidente Lula (PT) visitou Mato Grosso para entrega de 1,4 mil casas populares em Rondonópolis (215 km ao sul). Contratado em julho de 2013, o residencial Celina Bezerra estava entre as 186 mil unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida. Ainda faltam etapas do loteamento a serem entregues, pois a obra está parada desde 2017 e deve retomar em breve.
Outro ponto citado pelo deputado é a falta de amparo ao pequeno produtor. Há vários incentivos ao agronegócio, que move a economia do estado, mas os mais pobres não têm apoio.
“A grande demanda nossa que é a agricultura familiar. Ela está morta dentro do estado. Agronegócio, inclusive, começou a ser predador”, destacou.
Na oportunidade, ele ainda ironizou para que o Fundo Constitucional de Financiamento (FCO) mude de nome. “O que eu quero falar para a ministra é que o FCO tem que mudar de nome. Do jeito que está ele é fundo para os ricos. Porque aqui só os ricos têm, os pequenos nem chegam perto. Tem que mudar isso e ser para os que precisam mesmo. Agro não precisa de incentivo, de empréstimo. Banco do Brasil fecha a porta para o podre, só abre para o rico. Os ricos chegam lá e mandam no banco”, denunciou.
Segundo definição do site do governo federal, o FCO é para empresários ou produtores rurais que desejam iniciar, ampliar, modernizar ou relocalizar seus empreendimentos na região.
Plenária Participativa para elaboração do Plano Plurianual (PPA) 2024-2027 do Governo Federal, realizada no tetro, teria a participação da ministra do planejamento Simone Tebet, do Ministro da Agricultura e Abastecimento, Carlos Fávaro, e do ministro da Secretaria Geral da Presidência, Marcio Macêdo, mas a participação foi cancelada minutos antes do evento começar.
Fonte: Gazeta Digital