Após quase dois meses, Weverton ainda não estreou. Primeiro que ele demorou a chegar em Várzea Grande, município próximo da capital Cuiabá. Depois, com muita demora para ser regularizado, ficou de fora das últimas três partidas da fase classificatória do Mato-Grossense. Aí veio o coronavírus, que paralisou o estadual antes da fase das quartas de final, no dia 18 de março.

Weverton está em quarentena com sua família num apartamento em Várzea Grande, que só registrou seis casos do coronavírus até agora. Ele revelou que, mesmo com a paralisação, o clube não atrasou os pagamentos. Confiante, ele quer dar retorno quando a bola voltar a girar pelo Brasil.

- O salário por aqui está caindo normal, mês cheio, sem cortes. O Operário é um clube que está crescendo, tem uma estrutura boa, pessoas corretas na frente. Por isso a expectativa é a melhor possível, espero corresponder dentro de campo na altura que a diretoria está fazendo fora dele - ilustrou o atacante.

Aos 26 anos e com passagens por clubes como Fortaleza, Brusque-SC e, principalmente, pelo futebol amazonense, como Holanda, Fast, Rio Negro, Nacional e Princesa, Weverton também se destacou no Mato-Grosso, quando foi eleito o melhor jogador do estadual em 2018, na época em que defendeu o Cuiabá. Ele conta que um colaborador do clube, Dudu Campos, tenta o contratar desde então.

- Dudu Campos me ligou, fez um excelente proposta, aceitei vir jogar aqui, até porque já conheço o Estado, achei que seria uma boa. O Operário também tem calendário cheio, com vaga na Copa Verde e Série D. Assinei contrato até o final do ano. O Dudu me liga desde o ano passado, só que dessa vez a proposta foi boa demais e tive que vir - disse.

Mato-Grosso registrou, até essa segunda-feira, dia 13 de abril, 123 casos do novo coronavírus, com três mortes. Weverton conta que em Várzea Grande, por não ter sido tão afetada, o comércio funciona em 50%. Ele faz apelo aos amazonenses que, segundo ele, não estão obedecendo as normas da OMS de distanciamento social.

- Graças a Deus em Mato-Grosso não tem muito caso. Em Várzea Grande são seis casos apenas. As coisas estão 50% funcionando, está bem tranquilo. Estou me precavendo bastante, junto com minha família. Em Manaus sei que está pior, converso com meus pais, que estão falando. A população não obedece, aí fica mais difícil - finalizou.