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Cuiabá , MT - -


Feitiço virado: ‘catimbeiro’, Brasil empata com o Uruguai no hexagonal

Seleção entra com quatro atacantes, iguala Celeste na questão física e consegue fugir da pressão local na estreia pelo hexagonal final do Sul-Americano sub-20

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   Data: 26/01/2015 - Por: GloboEsporte.com - Felipe Schmidt Montevidéu, Uruguai

O discurso antes de enfrentar o Uruguai era evitar entrar no “jogo sul-americano”, com catimba e imposição física. Mas foi justamente desta maneira, utilizando as armas do rival, que o Brasil conseguiu um empate em 0 a 0 com a Celeste, pela primeira rodada do hexagonal do Sul-Americano sub-20, nesta segunda-feira, no estádio Centenário, em Montevidéu.
 
Depois da derrota por 2 a 0 na primeira fase, o Brasil aprendeu a lição. O técnico Alexandre Gallo escolheu uma formação ofensiva, com quatro atacantes (Kenedy, Thalles, Gabriel e Yuri Mamute), e um time mais robusto fisicamente, o que ajudou a escapar da pressão uruguaia. Outro artifício foi a tranquilidade, friamente calculada na demora de Marcos para bater o tiro de meta, ou nos valiosos segundos perdidos nas cobranças de falta e escanteio. A cera, desta vez, foi brasileira.
 
 
O resultado deixou o Brasil empatado com Uruguai, Colômbia e Paraguai, todos com um ponto – cafeteiros e guaranis também ficaram no 0 a 0. A Argentina lidera o hexagonal, após vencer o Peru por 2 a 0. Na próxima rodada, os brasileiros enfrentam os paraguaios, quinta-feira, no estádio Parque Central.
 
Se a força física e a catimba do Brasil funcionaram, também é preciso ressaltar que o Uruguai deixou as provocações de lado - à exceção de antes de a bola rolar, quando um mascote tentou tirar foto com a  seleção canarinha e foi expulso pelos jogadores. A Celeste manteve seu
estilo rápido, com correria e passes longos, ditados pelo meia Arambarri, mas pouco pressionou a seleção. A própria torcida local, que compareceu em bom público, estava fria: participava pouco, a ponto de torcedores brasileiros conseguirem fazer barulho no estádio.
 
Mesmo com a escalação ofensiva, o Brasil esteve equilibrado. Gabriel era o responsável por recuar o meio de campo na parte defensiva, e o desafogo vinha pelas pontas. Em contragolpes, a seleção criou as  melhores chances do primeiro tempo – em uma delas, aos 27 minutos, Yuri Mamute escapou da falta, arrancou e rolou para Thalles pedalar e chutar para boa defesa de Guruceaga.
 
O segundo tempo foi mais aberto. O Brasil manteve o nível da atuação, e chegou a melhorar quando Marcos Guilherme entrou no lugar do sacrificado Gabriel. O baixinho do Atlético-PR, artilheiro da equipe  no torneio, com três gols, deu mais velocidade ao time e apareceu bem na área para finalizar duas vezes.
 
Por outro lado, a marcação brasileira afrouxou. E o Uruguai, com seu estilo direto, começou a chegar com facilidade. Aos 25 minutos, Facundo Castro recebeu livre na área, após cruzamento e chutou à queima-roupa. Marcos mostrou reflexo e fez grande defesa.
 

No fim, o nervosismo passou a ser predominante. Os dois times começaram a se impacientar e errar muito, sem criar chances perigosas.  O empate ficou de bom tamanho para ambos.