Cuiabá , MT -
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Ganso precisou de apenas 30 minutos para mostrar que o São Paulo pode render mais com ele em campo. Do banco de reservas, o meia viu sua equipe sair na frente do placar, mas também sofrer com a falta de organização no ataque. Quando entrou e reassumiu a armação, melhorou o desempenho tricolor, definiu a vitória, por 2 a 0 sobre o Mogi Mirim, com um belo gol e fez com que o torcedor saísse do Pacaembu satisfeito com o que assistiu na etapa complementar.
O final esperançoso abafou a preocupação inicial. Diante de um adversário que apenas se defendeu ao longo dos 90 minutos, o São Paulo voltou a apresentar dificuldades no setor ofensivo, como em partidas anteriores nesta temporada.
A mudança, que passa pelos pés de Ganso, levanta consigo a dúvida. Nos próximos jogos, o Tricolor será o afobado time que mal trocava passes no primeiro tempo ou aquela equipe consciente do que fazia em campo na parte final do jogo?
ASSIM, PATÓN?
Rogério ficou responsável pela armação no time escalado por Bauza nesta terça (Foto: GloboEsporte.com)
Edgardo Bauza seguiu o rodízio. Diego Lugano foi poupado mais uma vez, porém não foi a mudança na zaga que chamou mais atenção. O técnico apostou novamente na velocidade de seu ataque, colocou Ganso na reserva e deixou Rogério incumbido da armação ao lado de Centurión e Carlinhos, abertos pelas pontas.
O Mogi Mirim, na tentativa de segurar o São Paulo, sequer passava do meio de campo no início de jogo. Assim, a movimentação do ataque, exigida por Bauza com a escalação, passou a ser obrigatória.
ATAQUE X DEFESA
A imagem do primeiro tempo: todos os jogadores do Mogi no campo de defesa (Foto: Reprodução)
A teoria era clara, mas faltava organização. Calleri saía da área para ajudar os companheiros, abrindo espaços na defesa. Carlinhos e Centurión se deslocavam para o meio e deixava a ponta livre para os laterais. Rogério se apresentava mais próximo ao gol. Mas o São Paulo estava afobado em campo.
NÃO FAZ ASSIM...
Sem Ganso, ninguém conseguia acalmar a bola. O jogo mais acelerado na última parte do campo fazia com que os passes errados aparecessem com mais frequência. A movimentação dos jogadores de ataque pouco surtia efeito diante da dificuldade para envolver a defesa adversária. No vídeo acima, Rogério erra um passe simples para Centurión.
É SÓ CAPRICHAR
Por outro lado, os visitantes também não ofereciam perigo. Assim, o São Paulo precisou fazer o mínimo para balançar as redes. Aos 35 minutos do primeiro tempo, Bruno deu passe milimétrico a Rogério, que saiu nas costas da zaga do Mogi Mirim e tocou na saída do goleiro para abrir o placar no Pacaembu.
ANIMOU?
Parecia que o São Paulo, enfim, se soltaria. Dois minutos mais tarde, Carlinhos, escalado como ponta esquerda, fez fila na defesa adversária, invadiu a área e bateu cruzado. Daniel, bem colocado, evitou o segundo gol tricolor.
ROGÉRIO SINCERO
Foi só a primeira impressão. O jogo voltou a ter o mesmo ritmo, o São Paulo seguiu errando de forma excessiva, e o Mogi Mirim manteve a proposta de permanecer no campo de defesa. Na saída para o intervalo, Rogério mostrou sinceridade ao dizer que não se sentia confortável com o esquema armado por Bauza.
O MAESTRO
Ganso (com a bola) saiu da reserva para encontrar espaços no campo de ataque do São Paulo (Foto: Reprodução)
O treinador argentino ainda precisou de 14 minutos para mudar sua equipe e desfazer o improviso. Aplaudido pelos poucos torcedores que compareceram ao Pacaembu (3.013 pagantes), Rogério deu lugar a Paulo Henrique Ganso.