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Ex-presidente do Corinthians, Duilio é investigado pelo MP; motorista será ouvido ainda em outubro

A defesa de Duilio alega que seu cliente sofreu 'constrangimento ilegal' devido à quebra de sigilo dos gastos nos cartões de crédito corporativos do Corinthians

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   Data: 16/10/2025 - Por: Da Redação

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) incluiu o ex-presidente do Corinthians, Duilio Monteiro Alves, nas investigações sobre o uso irregular dos cartões corporativos do clube. A apuração abrange documentos de sua gestão, entre 2021 e 2023, que já foram recolhidos e serão analisados com mais profundidade nas próximas semanas.

As investigações do MP envolvem as últimas três administrações corintianasAndrés Sanchez, Duilio Monteiro Alves e Augusto Melo — e buscam esclarecer suspeitas de gastos indevidos.

De acordo com informações obtidas pelo órgão, R$ 86 mil foram movimentados nos cartões corporativos durante o período de Duilio. Entre as despesas listadas estão bebidas alcoólicas, cigarros e até tadalafila, medicamento usado no tratamento da disfunção erétil. Ainda não há confirmação de que as compras tenham sido feitas diretamente pelo ex-presidente.

Mesmo diante de observações do Conselho Fiscal e do Conselho de Orientação (CORI), as contas da gestão Duilio foram aprovadas pelo Conselho Deliberativo do Corinthians.

Após concluir a análise dos gastos da gestão Andrés Sanchez e do ex-superintendente financeiro Roberto Gavioli — afastado recentemente —, o MP-SP passa agora a examinar a administração de Duilio. A investigação começa com o depoimento de Denilson Grillo, conhecido como “Carioca”, ex-motorista do dirigente e responsável por assinar planilhas de despesas.

“Vou me concentrar agora nas faturas da gestão de Duilio. A apuração segue a ordem cronológica, e o próximo passo será ouvir o senhor Denilson no dia 23 de outubro”, explicou o promotor Cássio Roberto Conserino, que conduz o caso.

A defesa de Duilio tentou barrar o andamento das investigações com um pedido de habeas corpus, alegando constrangimento ilegal pela quebra de sigilo dos gastos corporativos. O pedido, porém, foi negado pela Justiça.

“A procuradoria já se manifestou contra o trancamento da investigação. Após a oitiva de Denilson Grillo, seguiremos com a análise das faturas referentes ao ex-presidente Duilio”, concluiu o promotor.