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O tema ganhou força no Beira-Rio após o lançamento do documentário 'Máfia do Apito', do Sportv e Globoplay. Leonardo Aquino levantou o debate no conselho do clube para que o clube tente o reconhecimento da conquista junto à CBF
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Crédito: Ricardo Duarte / Sport Club Internacional
O Internacional voltou a colocar em pauta a discussão sobre o Campeonato Brasileiro de 2005, ano marcado pelo escândalo da Máfia do Apito. O clube gaúcho prepara um dossiê detalhado para apresentar à CBF, com o objetivo de dividir o título com o Corinthians.
A iniciativa, conduzida pelo conselheiro Leonardo Aquino, ganhou força recentemente após o lançamento do documentário “Máfia do Apito”, do SporTV e Globoplay, que trouxe novamente à tona as polêmicas envolvendo a manipulação de resultados naquele campeonato.
O dossiê reunirá documentos, depoimentos e pareceres técnicos, além de estudos jurídicos e esportivos. Para isso, o Inter pretende contratar um ex-árbitro que irá revisar as decisões tomadas por Edilson Pereira de Carvalho, árbitro envolvido no escândalo. A ideia é comprovar que as partidas anuladas não afetaram diretamente o desempenho de Inter e Corinthians, justificando a divisão do título.
“Estamos nos munindo de todas as informações possíveis. Na Alemanha, em um caso semelhante, o árbitro foi punido, mas as partidas não foram automaticamente anuladas. Queremos um tratamento justo também aqui”, afirmou Aquino.
O episódio alemão citado por ele envolve o ex-árbitro Robert Hoyzer, que admitiu manipulação de 13 partidas em 2005. Mesmo após o escândalo, a Federação Alemã de Futebol decidiu avaliar cada caso individualmente, mantendo os resultados de várias partidas.
O debate já conta com o apoio do presidente Alessandro Barcellos e do ex-dirigente Fernando Carvalho, que comandava o clube em 2005. Os departamentos jurídico e de comunicação do Inter estão trabalhando em conjunto para reunir todo o material necessário, sem estipular um prazo para o envio do pedido oficial à CBF.
Além de referências internacionais, o dossiê também trará precedentes nacionais, como o título dividido entre Portuguesa e Santos no Paulistão de 1973, o reconhecimento do Atlético-MG como campeão de 1937 e a equiparação da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Robertão) ao Brasileirão.
Com a mobilização, o Internacional busca revisar a história e obter um reconhecimento simbólico e esportivo pelo desempenho na competição de 2005 — um campeonato que até hoje divide opiniões e segue envolto em controvérsias.
Edilson Pereira de Carvalho foi o pivô da Máfia do Apito — Foto: Leonardo Lourenço