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Inédito! Brasil se torna campeão geral do Mundial de Atletismo Paralímpico

Com 50 esportistas na delegação, 100% deles apoiados pelo Bolsa Atleta do Governo do Brasil

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   Data: 07/10/2025 - Por: Da Redação

O Brasil escreveu um capítulo histórico no Mundial de Atletismo Paralímpico, realizado em Nova Déli, na Índia, ao conquistar pela primeira vez o título geral por países da competição. Com uma campanha brilhante, a delegação brasileira encerrou o torneio neste domingo (5) no topo do quadro de medalhas, somando 44 pódios – sendo 15 de ouro, 20 de prata e 9 de bronze.

A equipe nacional, composta por 50 atletas, todos beneficiários do programa Bolsa Atleta do Governo Federal, superou potências tradicionais como a China, que ficou em segundo lugar com 13 ouros e 52 medalhas no total. Com o feito, o Brasil se consolida como a nova força dominante do atletismo paralímpico mundial, após ter ficado no segundo lugar nas três últimas edições: Dubai 2019, Paris 2023 e Kobe 2024.

Conquista inédita e expressiva

É apenas a segunda vez na história que a China deixa de ocupar o topo do pódio geral — algo que só havia ocorrido em Lyon 2013, quando a Rússia foi campeã. Agora, o Brasil soma 348 medalhas conquistadas em Mundiais de Atletismo Paralímpico, com 122 ouros, 110 pratas e 116 bronzes.

“Batemos nossos próprios recordes e mostramos que o Brasil está mais forte do que nunca neste novo ciclo paralímpico”, comemorou Yohansson Nascimento, vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e chefe da missão brasileira.

Medalhas e superação em todos os dias

Durante o Mundial, o Brasil garantiu medalhas em todos os dias de disputas, que começaram no dia 27 de setembro. No encerramento, os atletas conquistaram seis medalhastrês de ouro, uma de prata e duas de bronze –, coroando uma campanha de destaque.

Os atletas representam 18 estados brasileiros, reflexo da expansão do movimento paralímpico pelo país. Segundo Yohansson, esse resultado é fruto do trabalho contínuo do CPB, que tem levado o esporte adaptado a todas as regiões do Brasil, com festivais paralímpicos em 120 cidades, meetings nas 27 unidades da federação e 86 centros de treinamento regionais.

“O esporte paralímpico hoje está presente de Norte a Sul, revelando talentos e transformando vidas. Essa conquista é do Brasil inteiro”, destacou.

Destaques brasileiros

Entre os grandes nomes da competição, Jerusa Geber, do Acre, brilhou ao conquistar duas medalhas de ouro (100m e 200m T11), tornando-se a maior medalhista brasileira da história em Mundiais, com 13 conquistas. “Foi um momento inesquecível. Alcancei o tetracampeonato e ainda quebrei um recorde pessoal. Mas quero mais — o penta, o hexa…”, comemorou.

O paraibano Petrúcio Ferreira manteve sua hegemonia ao conquistar o quinto título mundial consecutivo nos 100m T47, com o tempo de 10s66. “Esse foi o mais difícil de todos, tanto física quanto mentalmente. Mas valeu cada esforço”, afirmou o velocista, que segue invicto há 12 anos na prova.

Outra veterana que brilhou foi Beth Gomes, de Santos (SP), que garantiu o tetracampeonato mundial no lançamento de disco F53, atingindo 17,35 metros — quase três metros à frente da vice-campeã.

Estrutura e investimento

A conquista histórica é resultado direto dos investimentos feitos pelo Comitê Paralímpico Brasileiro e pelo Governo Federal, por meio da Caixa Econômica Federal, das Loterias Caixa e do programa Bolsa Atleta.

O Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo — um dos legados dos Jogos Rio 2016 —, é hoje uma das melhores estruturas do mundo e abriga centenas de atletas de alto rendimento. Atualmente, 1.002 esportistas do atletismo paralímpico recebem apoio financeiro do programa federal em diferentes categorias, do estudantil ao pódio.

Com esse desempenho, o Brasil inicia o ciclo rumo a Los Angeles 2028 com força total, consolidando-se como referência global no esporte paralímpico e reafirmando seu compromisso com a inclusão, o talento e a superação.