Cuiabá , MT -
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O Brasil fez história no esporte paralímpico neste domingo (5), ao conquistar, pela primeira vez, o primeiro lugar no Campeonato Mundial de Atletismo Paralímpico, realizado em Nova Déli, na Índia. A delegação brasileira encerrou a competição com 44 medalhas, sendo 15 ouros, 20 pratas e nove bronzes, superando a China, que terminou com 13 ouros.
Este resultado é ainda mais notável porque a China raramente perde a liderança no Mundial. A única outra vez que não terminou em primeiro foi em 2011, quando a Rússia conquistou o topo do quadro em Lyon, na França. Nas últimas três edições, o Brasil havia ficado em segundo lugar, sempre próximo dos chineses.
O primeiro ouro do dia veio com Zileide Cassiano, no salto em distância da classe T20 (deficiência intelectual), repetindo o resultado do Mundial de Kobe. Já Jerusa Geber, nos 200 metros T11 (cegos totais), conquistou o ouro e se tornou a brasileira mais medalhada da história dos Mundiais, com 13 conquistas, superando Terezinha Guilhermina. Na mesma prova, Thalita Simplício ficou com o bronze.
“Conquistei o tetra nos 100 metros e a marca de maior número de medalhas em Mundiais. Estou saudável e de olho em Los Angeles 2028. Quero o penta, o hexa… até onde for possível”, declarou Jerusa, de 43 anos.
Nos 200 metros T12 (baixa visão), a estreante Clara Daniele inicialmente recebeu a prata, mas após protesto do Comitê Paralímpico Brasileiro contra a venezuelana Alejandra Lopez, que teria sido auxiliada irregularmente pelo atleta-guia, herdou o ouro, marcando o terceiro ouro brasileiro do dia.
O Brasil ainda conquistou duas medalhas adicionais no último dia: Maria Clara Augusto ficou com prata nos 200 metros T47 (amputação parcial de braço), atingindo seu terceiro pódio neste Mundial, e Edenilson Floriani levou bronze no arremesso de peso F42/F63, quebrando seu próprio recorde das Américas.
Além disso, Thiago Paulino teve confirmada a prata no arremesso de peso F57, após protesto do CPB em relação à tentativa considerada irregular por um adversário.
Com esses resultados, o Brasil celebra um marco histórico, consolidando sua força no atletismo paralímpico e mostrando o talento e a garra de seus atletas em todas as categorias.