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Cuiabá , MT - -


Comissão de Ética investiga irregularidades em eleição da FMF e chapa de Aron Dresch é alvo de denúncias

Segundo o relatório, dirigentes de clubes filiados à FMF teriam sido coagidos a apoiar a chapa no momento de receber a cota da entidade

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   Data: 23/08/2025 - Por: Da Redação

A Comissão de Ética do Futebol Brasileiro acatou novas denúncias que apontam possíveis irregularidades no processo eleitoral para a presidência da Federação Mato-Grossense de Futebol (FMF). As acusações têm como alvo a chapa “Progresso no Futebol”, formada por Aron Dresch, Aluizio José Bassani e Geandre dos Santos Bucair, e envolvem suspeitas de fraude documental e falsificação ideológica.

 
Segundo o relatório, dirigentes de clubes filiados à FMF teriam sido coagidos a apoiar a chapa no momento de receber a cota da entidade. Os pagamentos só seriam liberados mediante a assinatura de um documento de apoio à candidatura de Dresch e aliados. Áudios e mensagens, validados em Ata Notorial, reforçam a denúncia de que houve mecanismos de pressão para impedir o registro de chapas concorrentes, garantindo exclusividade à “Progresso no Futebol”.
 

Com a admissão da denúncia, o caso foi encaminhado ao conselheiro da Câmara de Investigação, Júlio Gustavo Vieira Guebert, que avaliará as medidas cabíveis. Os denunciados têm prazo de 15 dias para apresentar defesa.

Esta é a segunda denúncia aceita pela Comissão de Ética em relação ao processo eleitoral da FMF. Em julho, já havia sido instaurado procedimento administrativo contra Aron Dresch por suposta infração ao Código de Ética e Conduta do Futebol Brasileiro (CECFB). Na ocasião, ele foi acusado de manter participação no Cuiabá SAF durante o período em que presidia a FMF, levantando suspeitas de favorecimento ao clube.

A atuação simultânea como dirigente federativo e interessado direto em um clube filiado fere princípios éticos, como os de imparcialidade e isonomia. A acusação também se estende a familiares de Aron Dresch, como Cristiano Dresch, atual presidente do Cuiabá SAF, que teria ocupado cargos estratégicos durante sua gestão.

 

Vale destacar que a Comissão de Ética do Futebol Brasileiro, órgão independente, já teve papel decisivo em episódios de grande repercussão. Em 2021, por exemplo, uma denúncia no colegiado levou ao afastamento definitivo de Rogério Caboclo da presidência da CBF, após acusações de assédio sexual e moral.