Cuiabá , MT -
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A crise política entre Brasil e Estados Unidos ganhou um novo capítulo e pode respingar no esporte. Entre as sanções avaliadas por congressistas americanos está o cancelamento dos vistos da delegação da Seleção Brasileira, medida que atingiria diretamente a preparação do time para a Copa do Mundo.
Fontes em Washington revelam que a ideia já havia sido ventilada no início da crise e voltou à discussão após pressão de parlamentares ligados ao grupo trumpista do Partido Republicano. Eles consideram que as punições aplicadas até agora não tiveram efeito e defendem alternativas que causem maior impacto.
Por outro lado, senadores mais experientes alertam que uma medida tão radical poderia acabar beneficiando o governo brasileiro no cenário interno, ao transformá-lo em alvo de uma retaliação internacional de grande repercussão.
A Fifa também acompanha o caso. A entidade costuma evitar punições que impeçam seleções de disputar torneios e nunca aplicou restrições desse tipo, nem mesmo contra países comandados por regimes autoritários. A proximidade entre o presidente da Fifa e Donald Trump, no entanto, pode influenciar o andamento das negociações.
O tema é especialmente delicado porque a Copa de 2026 será realizada nos Estados Unidos, Canadá e México, com a maioria das partidas em solo americano. A CBF, inclusive, já discute a instalação da base da Seleção na Flórida, estado com grande presença de torcedores brasileiros.
Além do futebol, o Brasil vem sendo alvo de sanções econômicas, como a tarifa de 50% sobre exportações para os EUA, e corre risco de novas medidas devido à aproximação com a Rússia.
Enquanto a diplomacia tenta conter a crise, cresce a apreensão entre dirigentes e torcedores com a possibilidade de que a disputa política ultrapasse as fronteiras do campo e afete a participação brasileira no Mundial.