Cuiabá , MT -
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O empresário John Textor oficializou nesta quarta-feira uma proposta para readquirir o controle da SAF do Botafogo, com o objetivo de separar o clube carioca da estrutura da Eagle Football Holdings. A oferta foi feita diretamente à holding e aos representantes da Ares Management, um dos fundos que financiaram a aquisição do Lyon, da França.
No último sábado, após o empate com o Corinthians no Nilton Santos, Textor já havia sinalizado a intenção de desvincular o Botafogo do Lyon. O norte-americano argumenta que o clube brasileiro tem condições de se manter de forma independente, sem depender da operação europeia.
O momento é de tensão nos bastidores da holding. Textor enfrenta disputas internas pelo comando da Eagle e foi recentemente alvo de uma tentativa de destituição por parte da Ares. Além disso, também trava uma queda de braço com o Iconic Sports, outro fundo que investiu na compra do Lyon.
Embora os valores da proposta não tenham sido divulgados, nos bastidores há a percepção de que o Botafogo hoje tem um valor de mercado superior aos R$ 400 milhões pagos por Textor em 2022, quando adquiriu a SAF do clube.
Para embasar a proposta, o empresário contratou uma auditoria para avaliar o valor atual da SAF e, no último fim de semana, levou consultores da Eagle ao Estádio Nilton Santos. Lá, eles acompanharam a partida contra o Corinthians e tiveram acesso a informações financeiras e operacionais do clube.
Em entrevista após o jogo, Textor destacou a saúde financeira do Botafogo e rebateu críticas vindas da França:
— O Botafogo está financeiramente sólido e gera uma receita considerável. Hoje, inclusive, estamos ajudando a cobrir déficits do Lyon. Algumas matérias francesas afirmam que o Lyon sustenta o Botafogo, mas isso não é verdade. Temos lucro com títulos, vendas de jogadores e gestão eficiente. Somos auditados por grandes empresas e preparados para um IPO. Nosso problema não é financeiro. Quero apenas separar o clube da parte europeia — afirmou.
Apesar de ainda ser o controlador da Eagle Football, Textor precisa negociar com os representantes da Ares, já que, ao comprar o Lyon, usou as ações do Botafogo como garantia. Assim, mesmo sendo uma operação entre empresas que ele comanda, a recompra exige aprovação dos investidores.