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Cuiabá , MT - -


Polícia de Mato Grosso apreende mais de R$ 700 mil em investigação sobre desvio de salários de atletas da Série A

Golpistas usavam documentos falsos para abrir contas em nome de atletas como Gabigol e Kannemann; esquema desviou mais de R$ 1 milhão

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   Data: 24/06/2025 - Por: Da Redação

A Polícia Civil de Mato Grosso apreendeu, nesta terça-feira (24), pouco mais de R$ 700 mil em dinheiro vivo durante a segunda fase da Operação “Falso 9”. A investigação apura um esquema nacional de desvio de salários de atletas da Série A do Campeonato Brasileiro. O valor foi encontrado em uma caixa de papelão dentro de uma residência no bairro São Sebastião, em Cuiabá.

De acordo com a Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes, o imóvel era usado pelos investigados para movimentação de recursos obtidos de forma ilegal. Durante a ação, também foram apreendidos documentos e equipamentos eletrônicos. O morador, de 28 anos, foi detido após cumprimento de mandado de prisão e de busca e apreensão.

As investigações apontam que a quadrilha utilizava documentos falsos de jogadores conhecidos, como Gabigol (Cruzeiro) e Kannemann (Grêmio), para abrir contas bancárias em nome dos atletas. Em seguida, solicitavam a portabilidade dos salários para essas contas falsas e passavam a receber os valores transferidos pelos clubes. Mais de R$ 800 mil foram desviados da conta de Gabigol e cerca de R$ 400 mil da conta de Kannemann — este último conseguiu reverter o prejuízo. Gabigol ainda não se pronunciou.

Os criminosos operavam rapidamente, realizando transferências, saques e compras para dificultar o rastreio. Até agora, ao menos cinco pessoas foram identificadas como integrantes da quadrilha. Empresas com sede em Cuiabá e Porto Velho estariam entre os favorecidos. Cerca de R$ 135 mil foram recuperados e bloqueados de forma preventiva.

Entenda o golpe

O esquema começou a ser aplicado em agosto de 2024 e, segundo a polícia, o prejuízo total já ultrapassa R$ 1 milhão. Os suspeitos podem responder por estelionato eletrônico, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As investigações seguem em andamento e devem se estender a outros estados, onde há indícios da atuação do grupo.