Cuiabá , MT -
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Com apenas 15 anos, 1,92m de altura, 62 quilos e características marcantes como agilidade, reflexos apurados e liderança em campo, Bruninho vive um momento especial na carreira. Titular absoluto do gol do Botafogo sub-15, ele embarcou nesta semana rumo à Europa para disputar dois torneios internacionais.
A equipe alvinegra participará da Rimini Cup, na Alemanha, e do Marveld Tournament, na Holanda. Será a primeira vez que Bruninho ficará longe de sua avó, Sonia Maria, que é quem o criou desde a infância.
Filho do ex-goleiro Bruno Fernandes e de Eliza Samudio, Bruninho carrega uma história marcada por tragédia e superação. Sua mãe foi assassinada em 2010, em um crime que teve ampla repercussão nacional, e que resultou na condenação de Bruno a 22 anos e um mês de prisão. Após cumprir dez anos em regime fechado, o ex-jogador teve sua liberdade condicional concedida.
Desde então, Bruno passou por equipes de menor expressão e participou de torneios regionais obscuros, como o Campeonato de Verão do Açu, no Rio de Janeiro, e o Campeonato Regional do Queijo, em Minas Gerais, defendendo o EC Betel. Recentemente, assinou contrato com o Azul e Branco, clube de Búzios.
Ao longo dos anos, Bruno sempre negou a paternidade de Bruninho, se recusando inclusive a fazer o exame de DNA. Mesmo assim, a Justiça o reconheceu como pai legal. Ele chegou a ser acionado judicialmente por não pagar a pensão alimentícia devida ao filho. Agora, com o crescimento de Bruninho no futebol, o ex-goleiro tenta se reaproximar.
No entanto, o jovem atleta não quer contato. Sua posição permanece firme desde março de 2024, quando, ao ser questionado se nutria ódio pelo pai, respondeu:
“Tenho nada, tenho pena só.
É só isso que tenho para falar.
Ele tinha uma carreira muito incrível pela frente e destruiu tudo.
Era um bom atleta, só que não era uma boa pessoa.”
Hoje, Bruninho segue focado em sua trajetória. O Botafogo investiu em sua permanência, oferecendo melhores condições do que o Athletico Paranaense, clube onde estava anteriormente. Seu desempenho o consolidou como peça-chave no time sub-15, e as expectativas são altas para sua participação nos torneios europeus.
Enquanto isso, em Búzios, Bruno treina longe dos holofotes — e ainda mais distante do filho que escolheu seguir em frente.