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Cuiabá , MT - -


Advogado é nomeado interventor da FMF após término do mandato de Aron Dresch

Por determinação da Justiça, o advogado Thiago Dayan da Luz Barros é o novo gestor provisório

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   Data: 27/05/2025 - Por: Da Redação

A Federação Mato-Grossense de Futebol (FMF) está sob intervenção judicial após o término do mandato do presidente Aron Dresch, ocorrido nesta segunda-feira (27). A juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 4ª Vara Cível de Cuiabá, nomeou o advogado Thiago Dayan da Luz Barros como interventor provisório da entidade, responsável por conduzir a federação até que uma nova diretoria seja eleita.

A decisão atende a um pedido de tutela de urgência feito pela Associação Camponovense Celeiro de Futebol, que questiona a regularidade do processo eleitoral da FMF. A entidade alegou irregularidades, como a exclusão do colégio eleitoral da autora e possíveis fraudes no registro da chapa vencedora liderada por Aron Dresch.

Diante da ausência de uma nova diretoria eleita e da falta de previsão estatutária para a transição, a juíza aplicou o artigo 49 do Código Civil, que autoriza a intervenção em organizações privadas sem administração válida, garantindo assim a continuidade das atividades da FMF.

“A intervenção é uma medida excepcional e temporária, destinada a assegurar a administração regular da federação e a realização de um novo processo eleitoral conforme o estatuto e as normas esportivas”, afirmou a magistrada.

Thiago Dayan terá poderes limitados e será responsável por manter o funcionamento da FMF, organizar a nova eleição e apresentar relatórios mensais ao Judiciário. A nomeação será comunicada à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), à Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso (SECEL-MT) e às associações filiadas.

O Ministério Público acompanha o caso, ressaltando o interesse público, sobretudo em razão dos recursos públicos destinados à FMF.

Uma audiência de conciliação está marcada para o dia 30 de maio, às 14h, no Fórum de Cuiabá, envolvendo as partes envolvidas na disputa.

A crise na federação acontece em um momento delicado para o futebol estadual, que necessita de estabilidade administrativa para a organização das competições e a captação de recursos federais e estaduais.