Cuiabá , MT -
-
|
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Um dia após o fim oficial de seu mandato à frente da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), o ex-presidente Aron Dresch não compareceu à coletiva de imprensa marcada na sede da entidade, na rua 13 de Junho, nesta segunda-feira (26), data em que a FMF completou 83 anos. Mesmo tendo convocado a imprensa, Aron preferiu se manter nos bastidores e delegou à sua nova equipe de advogados a tarefa de prestar esclarecimentos sobre a suspensão da eleição marcada para 3 de maio.
A advogada Meire da Costa Marques foi quem se apresentou para responder aos jornalistas. Com falas confusas, ela iniciou com uma atualização do caso, mas logo se contradisse: declarou que “a Justiça não tem competência para interferir na eleição” e, em seguida, admitiu que o processo depende de uma decisão judicial.
Questionada sobre a situação de Aron Dresch, cujo mandato se encerrou no domingo (25), a advogada afirmou que ele continua no cargo até que uma nova eleição seja realizada. “Ele continua até uma nova eleição. Estamos amparados no artigo 197, que prevê a continuidade”, declarou, citando a Lei Geral do Esporte.
Enquanto a coletiva ocorria, Aron se manteve em sua sala e não quis falar com a imprensa. O diretor de competições da FMF, Diogo Carvalho, ao deixar a sala da presidência, tentou despistar: “O presidente não está”.
Costa Marques criticou o processo judicial que suspendeu o pleito e culpou a oposição, acusando-a de usar “manobras jurídicas” para inviabilizar a eleição. Disse que não há possibilidade de intervenção judicial na FMF e classificou a suspensão do processo como “indevida”. Ainda ameaçou a Associação Camponovense, autora da ação judicial que obteve a liminar no Tribunal de Justiça de Mato Grosso: “Por acionar a Justiça, ela pode até ser excluída da federação”, afirmou.
A advogada foi também questionada sobre a Lei Pelé, que veda uma segunda reeleição, ponto central da discussão sobre a legalidade da candidatura de Aron. Visivelmente desconfortável, ela preferiu não responder diretamente e disse apenas que “a Justiça vai decidir”.
Por fim, Costa Marques revelou desconhecer pontos básicos do estatuto da FMF, como os prazos regimentais para convocação de nova eleição e quem será responsável por conduzi-la. Afirmou que “a eleição suspensa será retomada”, mas não soube dizer se isso caberá à comissão eleitoral da entidade ou à Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem (CBMA).