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Estas 19 federações estiveram entre o grupo que apoiou de forma maciça Ednaldo na eleição realizada em março deste ano
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Crédito: Divulgação
Na noite desta quinta-feira, 19 federações estaduais de futebol se uniram e divulgaram um manifesto pedindo mudanças profundas na estrutura da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O grupo defende a necessidade de “renovação e descentralização” do comando da entidade máxima do futebol nacional, embora não cite diretamente o nome do presidente afastado, Ednaldo Rodrigues.
O movimento ocorre poucas horas após a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que destituiu Ednaldo da presidência da CBF e nomeou o vice Fernando Sarney como interventor. A determinação judicial exige que novas eleições sejam convocadas em até 30 dias.
Curiosamente, as 19 federações que assinam o manifesto integraram o bloco de apoio a Ednaldo Rodrigues na eleição realizada em março deste ano, quando ele foi reeleito com o apoio unânime das 27 federações estaduais e dos clubes das Séries A e B do Brasileirão.
Intitulado “Manifesto pela estabilidade, renovação e descentralização do futebol brasileiro”, o documento representa um marco político na corrida pela presidência da CBF. O texto aponta uma série de problemas históricos enfrentados pelo futebol nacional e destaca a necessidade urgente de transformações.
“O futebol brasileiro vive um momento decisivo. É urgente enfrentar desafios estruturais que há anos limitam o potencial do nosso futebol. Precisamos de um calendário equilibrado, arbitragem profissionalizada, gramados de qualidade, segurança nos estádios e competições fortalecidas”, diz o manifesto.
Os dirigentes também cobram estabilidade institucional e criticam o atual modelo de gestão da CBF, que classificam como excessivamente centralizado e distante das realidades locais. Segundo eles, é hora de virar a página da instabilidade e da judicialização que marcam a entidade há mais de uma década.
O texto reforça ainda o desejo por uma nova liderança e práticas mais modernas e profissionais. “Além da estabilidade, o cenário exige uma renovação de ideias, de práticas e de lideranças. A CBF precisa ser exemplo de governança, eficiência e transparência — e também voltar a ser a casa de todos que constroem o futebol brasileiro.”
Embora o manifesto não cite candidatos à sucessão, nos bastidores ganha força o nome de Samir Xaud, atual presidente da Federação Roraimense de Futebol (FRF).
O encerramento do documento indica que o grupo trabalhará por uma candidatura única para a presidência e vice-presidências da CBF, comprometida com um “novo ciclo”, baseado em gestão democrática, integração e participação ativa de todos os atores do futebol nacional. “Queremos uma CBF forte, querida por dentro, admirada por fora — e novamente amada por todos que fazem do futebol a alma do nosso país.”