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Cuiabá , MT - -


Dorileo defende transparência e vitória nas urnas após suspensão da eleição da FMF

Segundo ele, o Juara Esporte Clube, que teria votos favoráveis à chapa adversária, foi mantido no processo de forma irregular

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   Data: 03/05/2025 - Por: Da Redação

A eleição que definiria a nova diretoria da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), prevista para este sábado (3), foi suspensa por determinação judicial momentos antes do início da votação, em Cuiabá. Por volta das 8h50, uma oficial de justiça entregou uma liminar que impediu a realização do pleito, surpreendendo dirigentes vindos de diversas regiões do estado e a própria comissão eleitoral.

O empresário João Dorileo Leal, candidato à presidência pela chapa “Federação Para Todos”, declarou que a decisão judicial da noite anterior retirou o direito de voto do Campo Novo do Parecis, clube que havia manifestado apoio à sua candidatura. Segundo ele, o Juara Esporte Clube, que teria votos favoráveis à chapa adversária, foi mantido no processo de forma irregular.

“Ontem à noite fomos surpreendidos com uma decisão que impedia o Campo Novo do Parecis de votar, apesar de estarem habilitados. Eles tinham voto declarado na nossa chapa. Em contrapartida, o Juara, que não teria legalidade para participar, foi mantido no processo. Retiraram três votos nossos e colocaram três votos do outro lado. Isso mudaria o resultado. Queremos vencer de forma limpa, na base do voto, e não com manobras judiciais”, afirmou Dorileo.

O presidente do Mixto Esporte Clube, Italo Freitas, também criticou o andamento da eleição e as irregularidades denunciadas. Para ele, o processo está contaminado desde o início e precisa ser refeito com mais transparência.

“A sessão chegou a ser aberta, mas logo suspensa. A expectativa da FMF é tentar recorrer e manter a votação ainda hoje, mas, na minha visão, a eleição precisa ser remarcada. O edital tem que ser refeito. Do jeito que está, é um processo viciado”, disse Italo.

Nos bastidores, o ambiente era de forte tensão. Com representantes de 21 clubes e uma liga presentes, o clima era de desconforto diante do impasse jurídico e político que tomou conta da disputa.

“Os clubes querem ser respeitados e ouvidos. Mas é difícil manter o equilíbrio quando uma das chapas apresenta apoio de 21 clubes logo após a abertura do processo, com diversas suspeitas em torno da legalidade dessas assinaturas. O processo nasceu com falhas, e o reflexo disso está aqui hoje”, concluiu um dos dirigentes presentes, sob condição de anonimato.

A FMF ainda aguarda uma possível reversão da liminar até as 14h para decidir se a eleição será realizada ainda neste sábado.

Outro lado

"A Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) informa que ingressou com recurso contra a decisão liminar que suspendeu a realização da eleição prevista para este sábado (03.05), para escolha da nova diretoria da entidade. A Federação aguarda a análise do pedido, com expectativa de que a decisão seja revista até o início da tarde.

Em Assembleia Geral realizada na manhã deste sábado, os clubes filiados decidiram, de forma consensual, aguardar até as 14h30 uma eventual liberação da Justiça para que o pleito possa ser realizado ainda hoje, como previsto no edital. Apenas o Mixto Esporte Clube, presidido por Italo Frente - da chapa de oposição “Federação para Todos” — manifestou-se contrário à deliberação. Representantes do União e do Nova Mutum, que integram a chapa de oposição como vice-presidentes, acompanharam os demais clubes na decisão de aguardar o desfecho judicial.

A medida foi tomada em respeito ao esforço de dezenas de dirigentes que se deslocaram de diferentes regiões do Estado, percorrendo até 700 quilômetros para participar da eleição, além da Comissão Eleitoral que se deslocou de outro estado e do investimento feito para ter a realização da eleição, demonstrando o compromisso com o processo democrático e a estabilidade do futebol mato-grossense.

A FMF reforça seu compromisso com a legalidade, a transparência e a lisura do processo eleitoral e seguirá tomando todas as providências cabíveis para garantir o direito de seus filiados de escolher seus representantes de forma legítima".