Cuiabá , MT -
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Embora a CBF tenha como prioridade a contratação de um treinador estrangeiro para a seleção brasileira, um grupo de jogadores discute nos bastidores a possibilidade de trazer Tite de volta ao comando da equipe. Desde a última quarta-feira, um dia após a goleada por 4 a 1 para a Argentina, líderes do elenco vêm debatendo o assunto em conversas privadas.
Um dos principais entusiastas do retorno do treinador é Neymar. O craque já declarou publicamente que Tite foi o melhor técnico de sua carreira e, nos bastidores, tem defendido a ideia. Seu apoio também pode estar ligado à presença de Jorge Jesus entre os cotados para assumir a seleção. Neymar teve um atrito recente com o técnico português, que, por sua vez, é visto como o Plano B do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
O grande sonho da CBF, no entanto, continua sendo Carlo Ancelotti. Caso a negociação com o técnico do Real Madrid não avance, Jorge Jesus se torna a opção mais acessível. O ex-Flamengo já demonstrou interesse e está disposto a arcar com a multa rescisória para deixar o Al Hilal antes do fim do contrato, previsto para junho.
A possível volta de Tite esbarra em desafios. Sua saída da seleção, após a Copa do Mundo de 2022, deixou marcas na relação com a diretoria da CBF, que não gostou da forma como ele anunciou sua despedida. Além disso, a torcida ainda tem ressentimento pelas eliminações do Brasil nas quartas de final das duas últimas Copas.
Ainda assim, seu desempenho defensivo à frente da seleção chama a atenção. Sob seu comando, o Brasil sofreu apenas 30 gols em 81 partidas. Desde sua saída, porém, a equipe já foi vazada 31 vezes em apenas 25 jogos, durante os períodos de Ramon Menezes, Fernando Diniz e Dorival Júnior, que não conseguiram consolidar um trabalho positivo.
Livre no mercado desde sua saída do Flamengo, em setembro, Tite recusou diversas propostas de clubes brasileiros nos últimos meses. Seu objetivo, segundo pessoas próximas, é aguardar uma oferta do futebol europeu no meio do ano. Resta saber se o movimento dos jogadores será suficiente para convencê-lo – e à CBF – de um novo capítulo na seleção brasileira.