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Ronaldo critica estrutura da CBF ao desistir da presidência: 'O sistema não deixa ninguém entrar

Sabia que seria difícil, mas não imaginava que era impossível

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   Data: 23/03/2025 - Por: Da Redação

Ronaldo Fenômeno anunciou que não irá mais concorrer à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O ex-atacante revelou que encontrou dificuldades para dialogar com os presidentes das federações estaduais, o que inviabilizou sua candidatura.

"Sabia que seria difícil, mas não imaginava que era impossível", declarou Ronaldo ao podcast Charla. "Minha família e meus amigos não queriam que eu entrasse nessa, mas eu sentia que precisava tentar."

Motivado por sua história no futebol e o desejo de contribuir para o esporte no Brasil, Ronaldo tentou viabilizar sua candidatura. "Reuni minha equipe e me coloquei à disposição. Mas o sistema não permite a entrada de ninguém de fora. A CBF nunca teve uma eleição com dois candidatos. Quem está no poder sempre se mantém ou escolhe o sucessor", afirmou.

No dia 12 de março, Ronaldo oficializou sua desistência por meio de um comunicado em suas redes sociais. Segundo ele, 23 das 27 federações estaduais já haviam declarado apoio à reeleição do atual presidente, Ednaldo Rodrigues. "Se a maioria acredita que o futebol brasileiro está no caminho certo, minha opinião não faz diferença", escreveu.

Para concorrer, Ronaldo precisava do apoio de pelo menos quatro federações e quatro clubes das Séries A e B. Sem esse respaldo, ele sequer pôde registrar sua candidatura. O ex-jogador também criticou o formato da eleição da CBF, que dá peso três ao voto das federações, enquanto os clubes da Série A têm peso dois e os da Série B, um. "Não tive espaço para apresentar meu projeto nem para ouvir as federações. Não houve abertura para diálogo", lamentou.

As especulações sobre sua candidatura surgiram em 2024, após a venda de 90% da SAF do Cruzeiro. Em dezembro, o Jornal Nacional, da Globo, destacou Ronaldo como um possível nome para a presidência da CBF.

O ex-atacante defendia um modelo de investimento privado para fortalecer o futebol em todo o país e queria reconstruir a credibilidade da entidade. No entanto, diante da resistência das federações, sua tentativa de mudança ficou pelo caminho.