Cuiabá , MT -
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O Brasil será palco da Copa do Mundo Feminina de 2027, que acontecerá entre 24 de junho e 25 de julho. O torneio contará com oito cidades-sede, conforme solicitação do governo federal à Fifa para reduzir custos operacionais. Entre as 12 candidatas, quatro ficarão de fora, e a expectativa é que a entidade anuncie as escolhidas até o fim de março.
Segundo Cynthia Mota Lima, secretária-executiva adjunta do Ministério do Esporte, o governo não interfere diretamente na decisão da Fifa, mas acredita que serão priorizados locais com menor necessidade de investimentos e obras.
— A escolha das oito sedes foi pensada para otimizar os custos e a logística. Como o Mundial acontece em pouco mais de dois anos, estádios que precisem de grandes reformas dificilmente serão selecionados — explicou Cynthia.
A Fifa já realizou visitas técnicas às cidades candidatas, avaliando a infraestrutura dos estádios, rede hoteleira, transporte e logística. Também foram solicitadas adequações, como a suspensão dos naming rights e restrições ao aluguel de camarotes durante o evento.
No projeto inicial enviado pela CBF, dez cidades estavam no plano, com a proposta de que o Maracanã sediasse a abertura e a final. Depois, Belém e Natal entraram na disputa, totalizando 12 candidatas:
Região Norte: Arena da Amazônia (Manaus), Mangueirão (Belém)
Nordeste: Arena Fonte Nova (Salvador), Castelão (Fortaleza), Arena das Dunas (Natal), Arena Pernambuco (Recife)
Centro-Oeste: Arena Pantanal (Cuiabá), Mané Garrincha (Brasília)
Sudeste: Mineirão (Belo Horizonte), Maracanã (Rio de Janeiro), Neo Química Arena (São Paulo)
Sul: Beira-Rio (Porto Alegre)
Entre elas, apenas o Mangueirão não fez parte da Copa do Mundo de 2014. A candidatura de Belém tem apoio político da família Barbalho, que governa o Pará e possui influência na CBF, por meio do diretor executivo Helder Melillo.
A disputa entre as cidades do Norte e Nordeste promete ser acirrada. Manaus já anunciou um investimento de R$ 50 milhões para modernizar a Arena da Amazônia e aposta na localização estratégica da cidade, que está a 5h30 de voo dos Estados Unidos.
— Nossa cidade tem um legado importante da Copa de 2014, estrutura hoteleira consolidada e um time na Série A1 do futebol feminino. Além disso, carregamos o apelo da Amazônia e dos povos indígenas — destacou Ednailson Rozenha, presidente da Federação Amazonense de Futebol.
Natal também confia em seu bom desempenho nas inspeções da Fifa. O governo do Rio Grande do Norte declarou que todas as exigências da entidade foram atendidas e que não há necessidade de grandes investimentos.
— A Fifa ficou impressionada com a qualidade da nossa estrutura. Nossa rede hoteleira e centros de treinamento estão prontos. Estamos otimistas com a escolha de Natal como uma das sedes — afirmou o governo estadual em nota.
Além da definição das sedes, outros processos seguem em andamento entre Fifa, CBF e governo federal. A minuta da Lei Geral da Copa já foi entregue à entidade, e um dos temas discutidos é a liberação da venda de bebidas alcoólicas nos estádios, que ficará sob responsabilidade de cada estado-sede.
O governo também criou um grupo de trabalho composto por 26 ministérios para coordenar a organização do evento. A portaria oficializando esse comitê deve ser publicada na próxima semana.
Com a expectativa cada vez maior para o Mundial, a definição das oito cidades-sede será um passo fundamental na preparação do Brasil para receber a maior competição do futebol feminino.