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Cuiabá , MT - -


Calor desafia, mas energia do público marca São Silvestre 2024

Os atletas elogiaram a energia da torcida, que acompanhou todo o percurso

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   Data: 01/01/2025 - Por: Da Redação

A manhã desta terça-feira (31) foi marcada pelo domínio queniano na 99ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre, em São Paulo. Wilson Too venceu a prova masculina com o tempo de 44m21s, enquanto Agnes Keino garantiu o título no feminino, concluindo os 15 km em 51m25s. O desempenho reforça a supremacia queniana, que soma 19 conquistas na prova feminina e 18 na masculina desde a estreia do país na competição, em 1992.

Núbia de Oliveira Silva foi o grande destaque brasileiro, alcançando o terceiro lugar com 53m24s. “Na subida da Brigadeiro, vi que era possível alcançar o pódio. O apoio da torcida foi fundamental para encontrar forças na reta final”, disse ela, que ultrapassou a tanzaniana Anastazia Dolomongo nos últimos metros. Tatiane Raquel da Silva, também brasileira, terminou em quinto lugar, com 53m51s.

No masculino, o brasileiro Johnatas de Oliveira Cruz terminou em quarto lugar, marcando 45m32s. Ele destacou a evolução dos atletas brasileiros: “Estamos cada vez mais próximos de romper a hegemonia africana. É preciso foco e preparação específica para esta prova”, afirmou o corredor, que melhorou sua posição em relação ao sexto lugar no ano anterior.

Torcida vibra, mas calor desafia corredores

Os atletas elogiaram a energia da torcida, que acompanhou todo o percurso. “A São Silvestre tem uma atmosfera única, especialmente na subida da Brigadeiro Luiz Antônio. A torcida é incrível”, destacou Tatiane. A queniana Cynthia Chemweno, segunda colocada no feminino, também elogiou: “A vibração ao longo do trajeto foi emocionante”.

Por outro lado, o calor intenso foi citado como o principal desafio da prova. “A partir do décimo quilômetro, o calor começou a pesar. Foi difícil manter o ritmo até o final”, disse Agnes Keino. O campeão Wilson Too compartilhou da opinião: “O clima estava mais quente que no ano passado, mas serviu como ótima preparação para a Maratona de Sevilha”.

Jejum brasileiro persiste

O Brasil segue sem vitórias na São Silvestre há anos. No masculino, o último triunfo foi de Marilson dos Santos, tricampeão em 2010. No feminino, Lucélia Peres foi a última vencedora, em 2006.

Apesar disso, a presença de duas brasileiras no top 5 feminino e a melhora no desempenho de Johnatas no masculino renovam as expectativas para o futuro da competição. “Colocar dois brasileiros entre os melhores já é um avanço importante”, analisou Núbia.

A São Silvestre segue como uma das provas de rua mais emblemáticas do mundo, combinando desafios técnicos, calor humano e uma celebração única do atletismo.