Cuiabá , MT -
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O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, manteve a prisão preventiva de João Lennon Arruda de Souza, ex-jogador de futebol, acusado de ser “laranja” do Comando Vermelho. A decisão ocorreu após a defesa do acusado solicitar habeas corpus, alegando ausência de provas sobre sua ligação com a facção criminosa. João Lennon foi preso durante a Operação Ragnatella, em que foi identificado como parte de um esquema de lavagem de dinheiro do grupo, através da aquisição de casas noturnas e organização de shows.
A defesa argumentou que não havia indícios suficientes de que ele fosse operacional da facção e destacou que sua empresa, Clube CT Mangueiras Ltda, não tinha vínculo com a empresa usada para lavagem de dinheiro. Também foi mencionada a presença de duas dependentes menores de idade, pedindo a liberação do ex-jogador.
No entanto, o juiz rejeitou o pedido, afirmando que João Lennon tinha papel ativo na lavagem de dinheiro, sendo identificado como “testa de ferro” de líderes do Comando Vermelho. As investigações indicam que ele realizava transferências de recursos ilícitos, além de manter vínculos com outros membros da organização criminosa. O magistrado destacou, ainda, o registro de uma caminhonete S10 usada por um dos líderes da facção em nome de João Lennon e a compra de passagens aéreas para um dos envolvidos com documentos falsificados. O juiz ressaltou a necessidade de manutenção da prisão para evitar a reiteração de crimes e garantir a aplicação da lei penal, além de indicar a robustez das provas reunidas nas investigações.