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Jornalista Cid Moreira falece aos 97 anos

O jornalista, locutor e apresentador era uma das caras mais famosas do Brasil e conduziu o Jornal Nacional, na Rede Globo, por 26 anos

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   Data: 03/10/2024 - Por: Da Redação

O renomado jornalista e apresentador Cid Moreira faleceu nesta quinta-feira (3), aos 97 anos, que completou no último domingo (29). Uma das vozes mais emblemáticas da televisão brasileira, ele estava internado em um hospital em Petrópolis, Rio de Janeiro, para tratamento de pneumonia.

Cid teve uma trajetória marcante à frente do Jornal Nacional, apresentando o programa cerca de 8 mil vezes durante os 26 anos de sua exibição, desde a estreia da Rede Globo em setembro de 1969, sendo este o primeiro telejornal transmitido em rede nacional no Brasil.

Nascido em Taubaté, Cid Moreira começou sua carreira como locutor e, em 1949, mudou-se para São Paulo, onde trabalhou na Rádio Bandeirantes. Depois, foi para a Rádio Mayrink Veiga e se transferiu para o Rio de Janeiro em 1951.

Considerado um dos pioneiros do jornalismo televisivo, Moreira frequentemente relembrava o ceticismo que havia em relação à TV durante a era de ouro do rádio. No entanto, ele começou a apresentar comerciais ao vivo na TV Rio e, em 1963, se tornou locutor de noticiários na emissora no “Jornal da Vanguarda”. Sua carreira inclui passagens por quatro emissoras: Tupi, Globo, Excelsior e Continental.

Seu retorno à TV Globo foi em 1969, quando passou a apresentar o Jornal da Globo, que tinha apenas 15 minutos de duração e oferecia uma visão geral das notícias. Logo depois, ele se tornou parte da equipe do Jornal Nacional.

“Eu chegava no horário de fazer o jornal, não participava da redação. Eu só ia para apresentar o jornal. No dia seguinte, vi na capa do O Globo: ‘Jornal Nacional…’ Aí comecei a perceber a dimensão”, relembrou Cid em uma entrevista ao Memória Globo.

Famoso por seu icônico “boa noite” na bancada, Cid continuou a ler editoriais mesmo após ser sucedido por William Bonner e Lillian Witte Fibe. A partir de 1996, ele passou a fazer locuções de reportagens especiais no ‘Fantástico’, programa em que esteve desde o início.

O célebre “boa noite” inspirou o título de sua biografia, escrita por sua esposa, Fátima Sampaio Moreira, chamada “Boa noite – Cid Moreira, a Grande Voz da Comunicação do Brasil”, que traz depoimentos de jornalistas, amigos e parentes. Um dos últimos trabalhos de Cid na Globo foi em 2010, quando gravou as vinhetas da Copa do Mundo na África do Sul, onde seu famoso “jabulaaaaani” se destacou.

Ativo nas redes sociais, a última mensagem de Cid Moreira foi uma promessa feita ao humorista Tom Cavalcanti, na qual ele se comprometeu a gravar a abertura do show do amigo, destacando a honra que sentia em fazê-lo, um dia antes de seu falecimento.