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Cuiabá , MT - -


Julgamento de Daniel Alves por acusação de estupro na Espanha este mês; conheça todos os detalhes do caso

O jogador de 40 anos encontra-se preso no Centro Penitenciário Brians 2, em Barcelona

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   Data: 08/11/2023 - Por: Da Redação

Neste mês, está programado o julgamento do lateral-direito Daniel Alves, detido desde 20 de janeiro sob a acusação de estupro de uma mulher de 23 anos na boate Sutton, na Espanha, em 30 de dezembro.

O jogador de 40 anos encontra-se preso no Centro Penitenciário Brians 2, em Barcelona. Durante seu período de detenção, o brasileiro alterou seu depoimento várias vezes, mudou de advogado de defesa e teve seus pedidos de resposta às acusações em liberdade negados.

Além disso, enfrentou um processo de divórcio com a modelo e empresária espanhola Joana Sanz, que acabou sendo interrompido. Inicialmente, Daniel Alves negou a agressão sexual, alegando sua inocência.

O caso veio à tona quando o jornal espanhol ABC divulgou, em 31 de dezembro de 2022, que Daniel, que estava na Copa do Mundo no Catar, teria cometido o estupro na boate em Barcelona. A segurança da casa noturna acionou a polícia, que coletou o depoimento da vítima, também registrado nas câmeras dos agentes. A Justiça espanhola aceitou a denúncia do Ministério Público em 10 de janeiro e passou a investigar o brasileiro.

Daniel Alves estava jogando no Pumas, do México, quando o caso veio à tona. Após as acusações, o clube mexicano rompeu o contrato do jogador.

Ao chegar a Barcelona para depor voluntariamente, acompanhado de sua esposa Joana Sanz, o lateral teve sua prisão decretada pela juíza Maria Concepción Canton Martín devido às inconsistências em seus depoimentos e a possibilidade de fuga. Desde então, permanece detido.

Nos depoimentos, Daniel Alves inicialmente afirmou não conhecer a mulher que o acusou. Posteriormente, admitiu ter tido relações sexuais com ela, alegando consentimento. Em abril, alegou ter mudado as versões para encobrir uma suposta infidelidade da esposa.

Exames forenses de Barcelona confirmaram a presença do sêmen do jogador nas amostras da vítima, assim como no chão do banheiro da boate.

Em sua defesa, primeiramente representado por Miraida Pontes Wilson, Daniel Alves contou com o auxílio de Cristóbal Martell, um dos advogados mais renomados da Espanha. A defesa alegou que a denunciante teria procurado o jogador no banheiro da boate e flertado com ele momentos antes.

Apesar de apresentar três recursos para responder às acusações em liberdade, todos foram negados, mantendo-o preso. Durante o tempo na prisão, enfrentou dificuldades e foi alvo de intimidações por outros presos, mesmo mantendo certo isolamento.

O Centro Penitenciário Brians 2, onde está detido, é conhecido por abrigar personalidades importantes e já foi lar de figuras proeminentes. Daniel Alves foi reportado como dividindo cela com outro brasileiro chamado Coutinho.

A presença do jogador movimentou um esquema de troca de camisas autografadas do Barcelona por cigarros, mesmo ele não sendo fumante. Essas camisas eram utilizadas para obter "favores" na prisão.

Daniel Alves trocou de advogado em outubro, e sua nova defesa sugeriu a possibilidade de ele assumir a culpa em troca de um acordo financeiro com a vítima. A legislação espanhola passou a considerar todos os atos sexuais não consensuais como violência, mas o jogador permanece detido até o fim do julgamento.

Se condenado, Daniel Alves pode enfrentar uma pena de oito a dez anos de prisão, apesar de ter feito um pagamento à Justiça como reparação pelo dano causado, visando a uma redução da pena.