A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) do Mato Grosso emitiu um alerta à população e aos administradores locais para intensificarem as medidas de prevenção a acidentes envolvendo escorpiões, especialmente durante o início do período chuvoso em novembro. Estatísticas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) revelam que, de janeiro a outubro deste ano, o estado registrou 1.258 incidentes com escorpiões, mas nenhum resultou em óbito.

A SES-MT disponibilizou um Alerta Epidemiológico, o N° 03/2023, para as prefeituras, além de publicá-lo neste link. Este documento enfatiza que todos os escorpiões são venenosos, porém, alguns têm maior importância médica devido à gravidade dos acidentes.

O estado abriga três espécies potencialmente letais: o escorpião marrom (Tityus bahiensis), o escorpião preto (Tityus obscurus) e o escorpião amarelo (Tityus serrulatus), este último recentemente identificado no município de Várzea Grande.

A coordenadora de Vigilância em Saúde Ambiental da SES, Marlene Barros, afirmou que durante o aumento das chuvas, o ambiente úmido e quente proporciona condições ideais para o aparecimento dos escorpiões.

Por isso, medidas como manter o quintal limpo, evitar folhagens densas, sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, e armazenar o lixo doméstico em recipientes fechados para evitar o aparecimento de baratas ou outros insetos, que servem de alimento para os escorpiões, são essenciais.

A Técnica do Programa de Vigilância de Acidentes por Animais Peçonhentos da SES, Marcia Brito, alertou que as crianças menores de 10 anos são as mais vulneráveis ao veneno do escorpião e têm maior probabilidade de óbito.

Ela recomendou aos pais e responsáveis que fiquem atentos. Ela também enfatizou a importância de prestar atenção aos idosos e pessoas com comorbidades, pois estão mais suscetíveis a acidentes graves caso sejam picados.

Quando ocorrer uma picada, o alerta emitido pela SES aconselha a limpeza do local com água e sabão, a aplicação de uma compressa morna e a busca imediata de um serviço de saúde. Além disso, é indicado não fazer torniquete ou garrote na área afetada, e também não furar, cortar, queimar, espremer, fazer sucção ou aplicar substâncias sobre a picada.

A SES pretende promover, em novembro, uma reunião virtual com médicos e enfermeiros para atualizar os procedimentos de diagnóstico e tratamento de acidentes por escorpiões, a fim de alinhar as ações com os municípios.