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Cuiabá , MT - -


Indígenas da Aldeia Dolowikwa Kotakwinakwa, em Mato Grosso, percorrem mais de 700 km até Brasil e Venezuela

Grupo foi presenteado pelo presidente da CBF com ingressos para o jogo e camisas da Seleção Brasileira Masculina

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   Data: 12/10/2023 - Por: Da Redação

Um grupo de indígenas pertencentes à Aldeia Dolowikwa Kotakwinakwa, localizada no município de Juína, no estado de Mato Grosso, empreendeu uma jornada de mais de 700 quilômetros com o objetivo de estar fisicamente presente para apoiar a Seleção Brasileira Masculina de Futebol em seu confronto contra a Venezuela, agendado para ocorrer na Arena Pantanal na quinta-feira, dia 12. Todo o esforço despendido pelos indígenas foi recompensado de maneira significativa.

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, concedeu-lhes ingressos para assistir à partida e também camisetas da Seleção. Adicionalmente, os indígenas tiveram a oportunidade de presenciar o treino da equipe na Arena Pantanal no dia 11.

Ednaldo Rodrigues expressou seu apreço pela visita dos indígenas à seleção nacional, destacando a importância da inclusão. Ele mencionou que a CBF tem promovido competições envolvendo equipes formadas por indígenas, principalmente na região amazônica, e deseja estender esse formato a outras partes do Brasil com uma considerável população indígena, como o estado da Bahia.

Wayali iholalare, um dos membros da aldeia que percorreu 12 horas de viagem para chegar a Cuiabá, compartilhou sua alegria em realizar o sonho de ver a Seleção Brasileira de perto. Wayali é um dos 1.600 membros de seu clã e expressou seu otimismo em relação ao desempenho do Brasil na partida.

O presidente da CBF enfatizou o compromisso da entidade com a inclusão como um dos principais princípios de sua gestão. Ele mencionou que o Papa Francisco expressou interesse em trabalhar pela inclusão através do esporte, como o futebol, durante uma reunião no Vaticano no ano anterior. O presidente Ednaldo Rodrigues também compartilhou uma conexão pessoal com a comunidade indígena, afirmando que, além de ser afrodescendente e nordestino, possui raízes indígenas, uma vez que sua tataravó era índia da tribo Mongoió, na Bahia. Ele se identifica como um igual à comunidade indígena e reforçou o compromisso da CBF em promover a inclusão por meio do futebol.