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Mudanças na Lei Pelé vão levar o Brasil a ser de novo um celeiro de craques de futebol

Os clubes perderam o incentivo de investir na formação de craques da bola com a Lei Pelé, afirma Taques.

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   Data: 03/06/2015 - Por: Da Redação

 As recentes mudanças feitas na Lei Pelé, que se tornou conhecida também como “Lei Madrasta”, porque acabou com o poder dos clubes sobre os jogadores e, consequentemente, com o incentivo de investirem em suas divisões de base, vão fazer com o que o Brasil volte a ser um celeiro de craques de futebol. Esta é a opinião do técnico Éder Taques, detentor de um currículo invejável, inclusive com passagem pelo futebol asiático, e que levou o Operário Várzea-grandense a conquista o vice do Campeonato Estadual da 1ª Divisão deste ano.

Aprovada há 15 anos, a Lei Pelé acabou com escravidão que os clubes exerciam sobre os jogadores de futebol, em virtude dos direitos que tinham sobre seus passes ou atestados liberatórios. Mas o fim da tirania dos clubes sobre seus jogadores provocou o surgimento de empresários, que defendendo muito mais os seus interesses financeiros do que os dos seus representados, emperram transações, frustram transferências, enfim, podem acabar com uma carreira promissora no futebol.

De acordo com Taques, que passou a maior parte de seus 49 anos mexendo com futebol, como jogador, técnico, preparador físico, participando de cursos em diversas áreas de sua especialização como professor de Educação Física, o pior problema que a “Lei Madrasta” trouxe para o futebol brasileiro foi ter levado os clubes de todos os níveis – dos mais ricos aos mais pobres – a deixarem de investir em suas divisões de bases, começando com as escolinhas.

Afirma Taques que os clubes perderam o incentivo de investir na formação de craques da bola com a Lei Pelé. Segundo ele, antes os clubes investiam na formação de valores, porque depois vendiam alguns jogadores para recuperar os gastos e continuar o trabalho de revelação de talentos. “Sem ter direito sobre os passes dos jogadores, ninguém estava investindo mais apenas em prejuízos...” – afirma. Taques tem certeza que com as mudanças na Lei Pelé, o Brasil voltará a produzir craques de bola em quantidade e qualidade.